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A infantilização do pesquisador acadêmico: autonomia intelectual fica ameaçada por métricas cegas

Atualizado: 12 de fev.



Durante nosso ebook, recém-lançado, fiz uma reflexão por acidente. O mais legal de escrever é que, como Einstein com suas equações quem nem ele mesmo acreditava nos resultados, você começa a achar coisas que não via antes.


No processo de escrita do livro, cheguei à conclusão de que temos um fenômeno atualmente nas ciências que pode ser carinhosamente chamado de "infantilização dos pesquisadores", algo global, mas diria forte no Brasil. Notei isso em jovens pesquisadores, em mais de um cenário, comparado com jovens pesquisadores de outros países onde estudei.




Como argumentamos no ebook, durante muito tempo, o pesquisador decidia o quê publicar, onde publicar, até mesmo quando publicar. Claro, haviam as barreiras que precisavam vencer: não acho que as mesmas sumiram. A facilidade de publicar gerou a quase impossibilidade de ser lido, ou mesmo citado: trocamos seis por meia dúzia, ao meu ver. Resultado: algumas casas de publicação estão investindo em propagandas. Nem o Facebook investiu em propagandas!


Criamos esse novo problema, que menciono.


Como isso funciona?


Simples: somente podemos ler, citar, e publicar em jornais de impacto.


Quem decidi isso?


De um lado os burocratas, de outros as casas de publicação.


Como comento no livro, em nenhum momento as casas de publicação perderam: somente os autores vêm sendo penalizados; nem mesmo os editores e revisores sofrem realmente.


Quando Einstein se deparou com o sistema de pares, ficou nervoso; eu também fiquei várias vezes, dou um exemplo meu de um revisor muito provavelmente viesado em torno de um artigo e outro falando bobagem, o útilmo Einstein enfrentou e ficou nervoso!




Minha tese, defendida no livro, é que:


precisamos voltar a treinar os jovens pesquisadores a serem críticos, sem a necessidade de um "selo papal".

Ciência se faz usando, não filtrando. Estamos, termo que uso no livro, "achatando a ciência".


Alguns argumentam que muitas descobertas não teriam passado pelo crivo da publicação por pares, entre elas: os artigos de Einstein, um levou ao prêmio Nobel; a descoberta da hélice dupla de DNA; o artigo da primeira lei da termodinâmica foi rejeitado, para então ser publicado em uma revista obscura.


A argumentação repetida em grupos de Facebook gira em torno de "sem publicação por pares teríamos somente lixos": leia o livro e volte nessa reflexão, vê se ainda concorda!



Se dependesse dos acadêmicos, deep learning estaria muito provavelmente morto.




 

Citações de outros trabalhos


"We should be disseminating our research as widely as possible. Instead, we let two or three referees stand in between our work and the rest of our field. . . We should think about our field like a marketplace of ideas. Everyone should be free to put their ideas out there. There is no need for referees. Good ideas will get recognised, used and cited. Bad ideas will be ignored." A World Without Referees



 

Bate bola com o chatGPT

obs. Essa seção foi criando ao enviar para o chatGPT a postagem, e fazendo perguntas a ele. Crie a sua discussão com o chatGPT abrindo o chat no seu canto direto, e inicie uma conversa!


Resuma a argumentação do artigo

Assistente de leitura: No artigo, o autor discute como o sistema de publicação científica tem afetado os jovens pesquisadores, levando a uma "infantilização" onde eles perdem a autonomia sobre o que, onde e quando publicar, sendo submetidos a métricas sem valor prático. O autor argumenta que é necessário treinar os jovens pesquisadores a serem críticos e a ciência se faz usando, não filtrando. Ele ainda menciona alguns exemplos de artigos importantes que não teriam passado pelo crivo da revisão por pares. O autor convida os leitores a discutirem mais sobre o tema e a lerem seu novo livro.


Como essa "infantilização" pode aparecer na ciência moderna?

Assistente de leitura: A "infantilização" da ciência moderna, como discutido no artigo, pode aparecer de diversas maneiras. Uma delas é a perda de autonomia dos pesquisadores sobre o que, onde e quando publicar, sendo submetidos a métricas sem valor prático. Isso pode levar a um "achatamento" da ciência, onde somente as publicações de impacto são consideradas relevantes, limitando a produção científica a uma "espécie de corrida pelo selo papal". Além disso, a revisão por pares tem sido usada excessivamente como forma de dizer o que é válido ou não em detrimento da crítica e criatividade científica. O autor também aborda como algumas descobertas importantes teriam sido rejeitadas em revisões por pares, o que aponta para a necessidade de se repensar o sistema de publicação científica.


Obs. o chatGPT não cria uma argumentação longa (vários "vai e vem"), estou trabalhando para melhorar isso. Isso se deve ao seu limite de "atenção".

 













 

Comentários coletados



"Não sei se entendi o que vc chama de "infantilização"... Vc julga a revisão por pares um tipo de "tutela", é isso? " Fonte

Estou escrevendo um livro sobre isso, seria não a revisão em si, mas o uso excessivo, como forma de dizer o que, onde, e o que é válido: seria a perda de autonomia do pesquisador através de métricas sem valor prático. Não gosto da palavra "infantil", na psicologia de Adler, e CNV, não gostamos desta palavra: crianças merecem respeito. Em breve um novo livro, ver por agora:






"Achei interessante o artigo. Me leva a crer que na dimensão da publicação há um encarceramento de dados, de ideias e de processos que os mais jovens ainda não tem tanta consciência sobre. São coisas que a gente descobre pro meio do processo." Fonte

Somente uma nota, estou lendo a armadilha da meritocracia, e vamos falar disso no futuro nesse contexto, fica o convite. Acredito que essa armadilha que notou é a mesma, somente em contexto diferente do livro mencionado.






"Quando eu entrei na faculdade, teve uma palestra com um professor que falava desse processo. "Se preparem para morarem com a sua família depois dos trinta ou então em quartinho alugado". Vocês vão passar por um processo de infantilização. Todo mundo vai achar que você ainda não saiu da faculdade. Não posso dizer que não fui avisada." Fonte

o tema do artigo é diferente, seria o sistema de métricas, mas o que disse é interessante também, o que é verdade. Estou escrevendo sobe o sistema de métricas. O que disse seria relacionado à desvalorização da profissão de pesquisador e professor, ver "Regulamentação da profissão de pesquisador acadêmico e científico no Brasil"

"Muito bom!" Fonte



 

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